ARTIGO DE OPINIÃO - Em setembro, Parapuã deu um passo firme e expressivo rumo à valorização cultural com a inauguração do Anfiteatro e Sala de Vídeo Municipal, localizado no terreno da Escola Municipal Prof.ª Zizi Pereira de Souza, na esquina das ruas Piauí e Sergipe. O espaço, idealizado para ser um centro de eventos e encontros artísticos, recebeu um investimento de mais de R$ 2 milhões de recursos próprios do município, uma decisão que, desde o primeiro momento, mostrou-se um grande acerto para a cidade e seus cidadãos.
A estrutura moderna e bem equipada, com 628,41 metros quadrados, climatização, telão de dimensões impressionantes (8 metros de largura por 4,5 metros de altura), sistema de som e iluminação de ponta, 300 poltronas de couro e camarins adaptados, trouxe a Parapuã um dos melhores ambientes para eventos culturais da região. Aliás, são poucos os municípios onde se pode encontrar um espaço com esse nível de estrutura. Este anfiteatro não é apenas um local de apresentações: ele representa uma virada para a cidade, que, até então, se via órfã de espaços culturais bem estruturados e acessíveis à população.
A escolha de investir em cultura em uma cidade como Parapuã não apenas atende a uma demanda reprimida, mas também lança novos desafios. Com a inauguração deste anfiteatro, a cidade já trouxe atrações de grande porte, como a renomada Facmol, uma das principais orquestras de sopros e percussão de São Paulo, além de espetáculos de ballet clássico, peças teatrais, tributo e exibições de filmes, que têm reunido centenas de espectadores e entusiastas de todas as idades. A programação diversificada, apenas nos primeiros dias, deixa claro o potencial de transformação deste espaço.
Contudo, para que o anfiteatro e a sala de vídeo mantenham sua relevância e continue a elevar o nível cultural de Parapuã, é necessário superar desafios importantes. A manutenção de um calendário constante e de qualidade é essencial, com atrações que vão desde espetáculos infantis até apresentações mais complexas, para diferentes públicos. Além disso, garantir a preservação do espaço, do sistema de som e iluminação de alta performance até as poltronas e o telão requer uma gestão cuidadosa e dedicada.
O maior desafio, porém, talvez seja o de consolidar Parapuã como um polo cultural regional. O sucesso da iniciativa municipal demonstra que há público e interesse, e esse novo centro cultural tem o potencial de transformar Parapuã em referência para cidades vizinhas, atraindo visitantes.
Essa inauguração é, sem dúvida, um marco na história do município, que passa a contar com um espaço público dedicado à arte e cultura. Os investimentos culturais são, comprovadamente, investimentos no futuro: eles ampliam a visão de mundo da população, aproximam os cidadãos e criam memórias que fortalecem a identidade de uma cidade. O novo anfiteatro e sala de vídeo em Parapuã são, assim, um grande acerto, que certamente transformará a vida dos moradores e o próprio espírito do município.
Quem poderia imaginar que Parapuã teria um espaço cultural tão completo e moderno? Um anfiteatro que, em pouco tempo, se tornou um dos maiores orgulhos da cidade, transformando a realidade cultural e oferecendo oportunidades inéditas para os parapuenses. O primeiro desafio, o de ter um espaço como esse, já foi vencido – e com grande mérito. Agora, a questão que fica é: estamos prontos para abraçar as novas possibilidades que ele trará? A cultura em Parapuã está apenas começando a florescer, e esse é apenas o início de uma nova fase.
Para aqueles que insistem em ver o anfiteatro como um investimento perdido, vale refletir sobre a verdadeira função de um gestor público. Visão de futuro e compromisso com o desenvolvimento são obrigações fundamentais de qualquer liderança que realmente deseja o bem de sua comunidade. É fácil desvalorizar uma estrutura cultural quando não se enxerga o impacto que ela gera a longo prazo, especialmente em áreas como a educação e a própria identidade da cidade. O prefeito, ao tomar a decisão de construir um espaço tão inovador, acertou em cheio, quer concordem ou não os críticos. Esse investimento já se prova essencial para a cidade, fomentando experiências e oportunidades que nunca antes foram acessíveis.
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