Nesta sexta-feira (9), um trágico acidente aéreo com um avião da companhia VOEPASS resultou na morte de 61 pessoas, entre passageiros e tripulantes, após a aeronave cair em um condomínio residencial na cidade de Vinhedo, no interior de São Paulo. Entre as vítimas, está Luciano Trindade Alves, um ex-morador da cidade de Parapuã.
Luciano Trindade Alves, que morou em Parapuã há muitos anos, mantém até hoje laços afetivos na cidade, onde ainda tem amigos e familiares. Atualmente, ele residia no bairro Selecta, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Luciano era casado e deixa filhos.
Conhecido por sua habilidade como colorista, Luciano atuava na pintura automotiva, destacando-se como especialista na área. Sua partida trágica gerou comoção entre amigos e colegas, que expressaram nas redes sociais a tristeza pela perda repentina.
O Sindicato dos Químicos do ABC, ao qual Luciano era vinculado, emitiu uma nota lamentando seu falecimento. Confira a nota na íntegra:
"O Sindicato dos Químicos do ABC, com enorme pesar, registra o falecimento do trabalhador químico Luciano Trindade Alves na tragédia com o voo Voepass 2283, ocorrida nesta sexta-feira (9), em Vinhedo (SP). Luciano trabalhava como colorista na empresa Sherwin-Williams e era morador do bairro Selecta, em São Bernardo do Campo. Neste momento de dor, a diretoria do Sindicato se solidariza com os familiares e amigos de Luciano e com a família de todas as vítimas deste terrível acidente."
A tragédia ocorreu quando o avião, que transportava 57 passageiros e quatro tripulantes, caiu no condomínio Residencial Recanto Florido, no bairro Capela, em Vinhedo. O voo havia partido de Cascavel (PR) e tinha como destino final o aeroporto de Guarulhos (SP).
Esse é o acidente aéreo com maior número de vítimas no Brasil desde a tragédia da TAM em 2007. A aeronave decolou às 11h46 e manteve um voo tranquilo até as 12h20. Após atingir 5 mil metros de altitude às 12h23, a aeronave permaneceu estável até as 13h21, quando começou a perder altitude rapidamente.
Em poucos segundos, o avião caiu cerca de 4 mil metros, atingindo uma velocidade de 440 km/h antes de colidir com o solo, em uma curva brusca às 13h22. O impacto ocorreu no quintal de uma casa do condomínio, mas, milagrosamente, os moradores da residência escaparam ilesos. Não houve feridos em solo.
Ainda não se sabe o que provocou a queda, mas especialistas sugerem a possibilidade de um estol — uma situação em que a aeronave perde a sustentação necessária para se manter no ar. Segundo pilotos, havia condições propícias para a formação de gelo nas asas ao longo da rota, o que poderia ter contribuído para a tragédia.
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