O governador João Doria (PSDB) anunciou na tarde desta quarta-feira (8) que os clubes de futebol poderão voltar a disputar os jogos do Campeonato Paulista em 22 de julho. Os estádios devem estar sem torcida e em cidades na fase amarela de flexibilização. A previsão é que a final ocorra em 8 de agosto. Os jogos estavam suspensos desde o início da pandemia de coronavírus no estado de São Paulo.
"O Paulistão foi paralisado faltando seis rodadas. A previsão, e sobre isso falara o presidente da Federação, é que a final seja disputada possivelmente no dia 8 de agosto, sábado, e no dia seguinte, ao que tudo indicado, domingo, dia 9, começa o Campeonato Brasileiro de Futebol", disse.
A autorização foi aprovada pelo Centro de Contingência para o Coronavírus. O retorno será gradual e prevê uma série de medidas estabelecidas em protocolo apresentado ao comitê pela Federação Paulista de Futebol. Dentre eles, testagem, retomada com trabalho individual, além de higiene e proteção dos atletas.
O Campeonato Paulista foi paralisado na décima rodada, em 16 de março e ainda tem 24 jogos a serem disputados em seis datas – duas rodadas do fim da primeira fase, quartas de final, semifinal e dois jogos das finais.
O protocolo elaborado pela Federação Paulista de Futebol (FPF) para o retorno dos jogos do Campeonato Paulista inclui, entre outras medidas, o confinamento das 16 equipes participantes do torneio e a divisão dos estádios em "zonas", de acordo com a permissão de acesso.
Se algum jogador, membro da comissão técnica ou funcionário testar positivo para Covid-19, o protocolo será o mesmo aprovado pela FPF para a volta aos treinos, no mês passado. As medidas incluem o isolamento imediato do indivíduo infectado, a análise prévia de quem teve contato com ele e exames em quem teve contato direto por mais de cinco minutos.
Os estádios envolvidos nos jogos do Paulistão serão divididos em três zonas: azul, vermelha e amarela, sendo que a azul é a mais próxima do campo de jogo, e a amarela a mais distante.
As pessoas envolvidas em cada parte da operação terão credenciais específicas para o acesso às respectivas zonas. No total, serão menos de 200 profissionais credenciados.
Cada zona terá um protocolo diferente de higienização. No caso da zona azul, que compreende o campo de jogo, o clube mandante terá de providenciar limpeza completa da área 24 horas antes da partida. Vestiários serão desinfectados e isolados até a chegada das equipes, e todas as áreas que podem ser tocadas com as mãos (até mesmo as traves) também passarão por desinfecção.
A operação será dividida em quatro fases. Antes do reinício do Paulistão, os clubes terão de apresentar uma lista com os nomes de todos os funcionários que podem participar dos jogos. Cartazes informativos e dispensadores de álcool em gel serão colocados em diversos pontos dos estádios. O uso de máscara é obrigatório em todas as zonas.
Dias que antecedem o jogo: quando serão conferidas as listas de funcionários enviadas pelos clubes, a revisão do estádio quanto aos cartazes informativos e medidas de higiene, além da limpeza e desinfecção das áreas envolvidas na partida;
Pré-jogo: nesta fase, três portões serão liberados, um só para as delegações, outro para os funcionários da transmissão e outras operações, e um terceiro para os demais profissionais. Todos devem entrar de máscaras e terão suas temperaturas medidas na entrada. Os roupeiros e responsáveis pela organização dos vestiários podem chegar três horas antes dos jogos;
O jogo: fase que começa na chegada das equipes e árbitros ao estádio. Haverá distanciamento nos bancos de reservas, e as bolas serão constantemente desinfectadas pelos gandulas. Os jogadores precisarão trocar todo o uniforme no intervalo. Apenas os jogadores em campo, técnicos e trio de arbitragem poderão estar sem máscaras;
Pós-jogo: as delegações deverão aguardar o protocolo de saída em ambiente ao ar livre. A equipe visitante deixará o estádio primeiro, seguida pela equipe mandante e pelo trio de arbitragem. Os clubes voltarão diretamente a seus locais de concentração.
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